A-29 SUBSTITUI O T-27 NO IPEV NA FASE DE PARAFUSO
A-29 SUBSTITUI O T-27 NO IPEV NA FASE DE PARAFUSO
No dia 08 de dezembro, o IPEV finalizou a fase de parafuso do XXV Curso de Ensaio em Voo, utilizando pela primeira vez a aeronave A-29. Este evento marcou o final de um período de 6 anos sem que esta instrução fosse realizada no Curso de Ensaios. Fatores limitantes como a telemetria antiga, o recebimento e o processo de instrumentação dos A-29 foram os principais óbices que postergaram a realização desta fase.
A fase de ensaio de parafuso compreende a realização da manobra com diferentes tipos de entrada e recuperação, para a adaptação dos alunos a este tipo de ensaio. “A observação às normas faz com que sejam realizadas entradas em parafuso normal a 1g, invertido e com fator de carga. Durante esta fase, é feita a investigação dos agravamentos com rolamentos pró e anti-parafuso e com profundor a picar. Por fim, são executadas recuperações com comandos soltos, com manche a cabrar e da forma tradicional. Estas investigações são previstas em norma e permitem que o piloto e engenheiro analisem qual a forma mais adequada para a recuperação.” – explica o Maj Av Bussmann, instrutor do Curso.
Por ser um ensaio de risco significativo, o link de telemetria é mandatório para que o engenheiro de prova monitore numa estação de solo e em tempo real parâmetros como ângulo de ataque, fator de carga positivo e negativo, velocidades angulares e altitudes mínimas para manter o nível de segurança adequado. Uma aeronave paquera também acompanha a aeronave Prova a fim de garantir a segurança do ensaio, monitorando a perda de altitude e realizando a inspeção da aeronave a cada parafuso realizado.
“Desde a retirada das aeronaves T-27 do IPEV a seis anos atrás, houve uma grande mobilização para que esta fase fosse adaptada ao A-29. A realização desta fase permite que o Curso de Ensaios seja ministrado plenamente e o seu currículo mínimo seja cumprido”, complementa o Maj Av Bussmann.
O curso de ensaios em voo ministrado pelo IPEV possui reconhecimento internacional pela SETP (Society of Experimental Test Pilots) e segue padrões e técnicas mundialmente empregadas. O Brasil é um dos 5 países no mundo que realizam essa capacitação (EUA, Inglaterra, França, Índia e Brasil) com o devido reconhecimento. Atualmente conta com 2 pilotos e 2 engenheiros alunos em curso.
Texto: EFEV - Fotos EFEV