DCTA realiza pesquisa inédita em Psicofisiologia de Tripulantes Operacionais
“Os resultados dessa pesquisa poderão ser utilizados para o desenvolvimento de cockpits focados no desempenho dos pilotos, painéis de instrumentos interativos e que reajam às necessidades do usuário, alarmes mais eficientes e sistemas automáticos de voo, tudo com o objetivo de diminuir a carga de trabalho e aumentar a segurança de voo durante emergências. Também poderão ser utilizados na seleção de pilotos e na melhoria da instrução aérea tanto de pilotos militares, quanto dos da aviação civil”, informou o Ten Cel Av Scarpari, piloto de prova e responsável pela Campanha.
A pesquisa, iniciada no mês julho do corrente ano, está sendo realizada em aproveitamento e concomitantemente com a Campanha de Autorrotação do IPEV.
A campanha foi dividida em duas fases. Na primeira, o voo de teste de autorrotação foi realizado numa aeronave cedida pelo Comando de Aviação do Exército Brasileiro, sob coordenação do seu braço de ensaios em voo: o Grupo de Ensaios e Avaliações (GEA).
Nessa fase inicial, foram utilizados diversos sensores no piloto a fim de medir sua pressão, temperatura corporal e sudorese. Também foi utilizado um espectrômetro funcional de infravermelho próximo (fNIRS) e um eletroencefalograma (EEG) portátil.
Figura 1: Piloto de Prova “Instrumentado”
Foram utilizados diversos sensores no piloto a fim de medir sua pressão, temperatura corporal e sudorese. Também foi utilizado um espectrômetro funcional de infravermelho próximo (fNIRS), um eletroencefalograma (EEG) portátil e óculos de traqueamento dos olhos (eye tracking), para avaliar o possível estado emocional, a concentração e as capacidades de reação do piloto frente a uma grave ameaça, nesse caso, uma falha repentina do motor.
Figura 2: Imagem do Celebro do Piloto de Prova durante a Manobra
A coordenação acadêmica está sendo realizada pelo Departamento de Projetos e pelo Laboratório de Bioengenharia do ITA, bem como, pelo Hospital Israelita Albert Einstein, de São Paulo, que realizará toda a interpretação dos resultados neurológicos captados dos pilotos durante o voo em emergência de uma aeronave real, em simuladores de voo e em laboratórios. Além disso, a empresa EDGE GROUP, que forneceu os óculos de traqueamento ocular que estão sendo utilizados na pesquisa, está colaborando na interpretação dos resultados e na elaboração dos mapas de calor de todo processo de decisão e de escaneamento do painel de instrumentos por parte do piloto.
Texto: Comunicação Social do IPEV / Contribuição: Ten Cel Av Scarpari
Fotos: Ten Cel Av Scarpari